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CNM: Crise financeira ainda respinga na gestão de 2013 dos Municípios

 13/03/2013 | ORÇAMENTO PÚBLICO

crise financeira que se instalou nos Municípios brasileiros em 2012 foi um desafio para a maioria dos gestores que tentaram fechar suas contas em dia. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) levantou que pelo menos 74,8% dos prefeitos das cidades brasileiras enfrentaram dificuldades para encerrar as contas no final de seus mandatos por conta da crise financeira.

E para os prefeitos do Paraná o que agravou a situação foi a queda nos repasses do Fundo de Participação de Municípios (FPM). Um dos Municípios atingido pela crise é o de Quinta do Sul (PR). O vice-prefeito Leandro Arruda em visita a sede da CNM, nesta segunda-feira, 11 de março, afirma que a última gestão deixou o Município com dívidas e que eles correm contra o tempo para equilibrar as contas e manter a folha de pagamento em dia.

“Estamos recorrendo à CNM para implantar melhores métodos de gestão para enfrentar as dívidas, como o parcelamento da dívida previdenciária e a resolução de problemas jurídicos”, admite o gestor.

Royalties
O Município de seis mil habitantes fica a 400 quilômetros da capital Curitiba e tem sua economia baseada na agropecuária, mas segundo Arruda sobrevive com repasses do FPM. Para Arruda o dinheiro dos royalties pode ser a solução das dividas que o Município enfrenta e um grande aumento na arrecadação municipal. “Com a vitória dos royalties estamos mais confiantes que vamos conseguir equilibrar nossas contas e até investir” adianta o vice-prefeito, ansioso pela promulgação da vitoriosa conquista do municipalismo.

O prefeito de Engenheiro Beltrão no Paraná, Elias de Lima, também procurou a CNM para se informar sobre a vitória dos royalties e se filiar à entidade. “Acredito que as orientações da CNM serão muito úteis na minha gestão e o presidente Paulo Ziulkoski tem mostrado habilidade em representar os prefeitos e as dificuldades que passamos”, avalia.

O Município com 15 mil habitantes fica a Noroeste do Estado e o prefeito acredita que os royalties devem levar desenvolvimento para a região. “Procuramos a CNM exatamente para saber sobre as novas etapas da luta, e como vamos enfrentar os Estados que estão contra a promulgação”, conta Lima sobre o veto que foi derrubado no último dia 7 de março pelo Congresso Nacional. Os dois gestores também tiraram dúvidas com os técnicos da CNM sobre o parcelamento previdenciário e problemas jurídicos de seus Municípios.